29 de março de 2012

POLUIÇÃO DO PORTO DE AVEIRO

De há alguns anos para cá, temo-nos vindo a sentir ameaçados pela poluição produzida no Porto de Aveiro. A ADIG, como Associação vocacionada para defender os direitos e interesses da Gafanha Nazaré, tem procurado saber a razão porque, há tanto tempo, e após inúmeros protestos, continuamos a ser bombardeados por poeiras que nos entram sem convite em casa, para além de afectarem a saúde da população da Gafanha da Nazaré.

Já contactámos a APA, por duas vezes, que se limitou a dar-nos a conhecer as medidas implementadas para tentar atenuar os efeitos nefastos da poluição por si produzida, francamente insuficientes para atenuar tão grave problema. Basta passar a mão por cima do tejadilho dos automóveis para se ver a porcaria que anda no ar.

Acabámos de enviar outro ofício à APA, tentando fazer-lhes ver que é tempo de repensarem as técnicas anti-poluição até aqui utilizadas no Porto de Aveiro. Os gafanhões começam a sentir-se cansados com tanta imobilidade da parte da APA em solucionar um problema que nunca deveria ter existido, com a agravante de não se ouvir um protesto público da parte da CMI nem da nossa Junta de Freguesia. Por que será?!

Um Hino à Gafanha da Nazaré (concurso para melodia)

Depois de selecionada a letra para “Um Hino à Gafanha da Nazaré”, no concurso lançado pela ADIG, é agora a vez de serem os músicos a usar toda a sua criatividade para apresentarem uma melodia para a referida letra.
Recordo que a divulgação pública aconteceu no espetáculo comemorativo do Dia Mundial da Poesia, promovido pela ADIG e pelo Grupo Poético de Aveiro, no dia 21 de Março de 2012, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré
Neste espetáculo, o poema foi declamado pela sua autora, a Prof. Zita Leal.

Data para entrega dos trabalhos concorrentes - 18 de maio de 2012

26 de março de 2012

Um Hino Gafanha da Nazaré (poemas concorrentes)

Passamos a apresentar, por ordem alfabética do nome dos autores, os restantes poemas concorrentes ao concurso "Um Hino à Gafanha":


Gafanha da Nazaré
Do Forte da Barra
E do Santo André
Navio coragem
De garras nos sonhos
Nos ventos, na aragem;
Labores sem tamanhos

Regada de mar
De porto e partida
Chorada ao chegar
Nos abraços da vida

Terra de sal e de sol
De amarras e anzol
De redes, de gentes,
De barcos, sementes

Semeada no tempo
Perdido da história
Floriste em momento
De Abril e de glória

Cidade e jardim
Nascida do mar
Tu és para mim
Uma estrela a brilhar...


                                 António Almeida Dinis


Nascida do nada
Areal inóspito
Que no propósito
De povos felizes
Foi criando raízes
Tiradas à ria e ao mar.

Conceberam naus
Que mares sulcaram
Navios carne pescaram
O País alimentaram
Enfrentando tormentas
Nunca dantes passadas.
Mestres da coragem
Ousadia e saber
Fizeram esta terra
Grandiosa crescer.

Gafanha da Nazaré
Eis a terra que ora e canta
A tanta gente espanta
De beleza sem par
Assim seu futuro é
Aquilo que hoje encanta
Amanhã radiante
Princesa à beira mar.

Gafanha da Nazaré
De pé, ao pé da fé
De pé, ao pé da fé
Nasceu Gafanha da Nazaré.

Gafanha da Nazaré
De pé, ao pé da fé
De pé, ao pé da fé
Cresceu Gafanha da Nazaré.

Seu farol altaneiro
É bússola de marinheiro
Oudinot pioneiro
Suaviza a canseira
Embeleza à maneira
À vista primeira.

Gente da terra
Da ria e do mar
Que soube sem guerra
Com denodo desbravar
Ao longo dos anos
Areias e oceanos.

Fizeram deste canto
Beleza sem igual
A coisa mais linda
Admirável de Portugal.


                                         Cândido Casqueira


Da areia fizeste o chão
Dá-te o sol beijos e brilhos;
Mar e terra dão-te o pão
Que pões na mesa aos teus filhos.

Na seca e no campo ganhas
O sustento e o respeito
Que na terra das Gafanhas
É jóia de pôr ao peito.

O teu home é pescador
Com dóri no mar sem fim
Mas também é lavrador
Que faz da terra um jardim.

Trazes a saia bordada
Com a espuma da maré;
És mulher, mãe asseada
Gafanha da Nazaré!

Vão pescar o bacalhau
Teus homens p’ra terra estranha
Levando o sol e o sal
Desta terra da Gafanha.

Quando o barco volta ao cais
E vai para a seca o peixe
Se abraçam filhos e pais
“Ó paizinho não me deixe!”

Praias de junco e marinhas
Que a ria beija e abraça
Que o moliceiro à tardinha
Enfeita co’ a sua graça.

Um povo nobre e honrado
E este mar que é o teu encanto;
Ó chão sempre semeado
Por isto eu te amo tanto! 


                                Domingos Freire Cardoso

Há muito, muito tempo,
A Gafanha não existia
Só areias brancas… junto à Ria…
Passados muitos anos,
Linda Freguesia e cidade,
Bela Gafanha da Nazaré,
P’ra nós a mais formosa,
O Atlântico a seus pés… vaidosa.

Aos botes, aos botes,
Mares gelados da Terra Nova,
Ao arado, ao arado,
Extensos areais a cultivar,
Bravos marinheiros-lavradores,
Gafanhões difíceis de vergar.

Terra de mil gentes,
Veleiros, velas aos ventos,
Carregados de “fiel amigo”,
A Guarita e o Forte,
guardiões  da nossa Ria
E sobre o Atlântico,
O Farol da Barra altaneiro,
Aponta o Porto de Aveiro.

Aos botes, aos botes,
Mares gelados da Terra Nova,
Ao arado, ao arado,
Extensos areais a cultivar,
Bravos marinheiros-lavradores,
Gafanhões difíceis de vergar.

                             Humberto Rocha


A nossa Gafanha
De indústria tamanha
Tem povo com alegria
Em nossas secas cantando
E trabalhando dia a dia
E se um barco chega
Da faina do mar
Como já é tradição
Casais abraçados
Vão matar saudades
Da longa separação

Gafanha da Nazaré
Cidade em crescimento
Tens os teus barcos pesqueiros
Sempre, sempre em movimento
E o cheiro a maresia
Que vai pairando no ar
É o amor que sente a ria
Quando vai beijar o mar

Bem virado ao norte
Temos belo forte
Com seu jardim sem igual
E vemos lindas paisagens
Famosas em Portugal
E um barco museu
Com um guia seu
Sempre disposto a mostrar
Toda a engrenagem
Que envolve a viagem
De seis meses a pescar

Gafanha da Nazaré
Bonita por natureza
Com traineiras navegando
Mostrando sua beleza
E os barcos atracados
De mãos dadas, par a par
Fazem lembrar namorados
Dando beijos ao luar.

                                            Maria da Luz Araújo


 

25 de março de 2012

LIMITES DE FREGUESIA

Passamos a informar como decorreu a reunião entre a ADIG e a CMI. Como seria de esperar, com cordialidade e abertura na exposição de ideias de parte-a-parte. Foram tratados dois assuntos:

1) Sobre as feiras de velharias, a realizar nos locais anteriormente anunciados (Jardim Oudinot; Largo do Farol e Costa Nova), aceitámos as justificações dadas pela CMI, em não as autorizar. Também aceitámos as justificações dadas sobre a realização de uma feira de velharias na Gafanha do Carmo, que ocorreu no dia 11 de Março, por ter sido uma iniciativa da Junta de Freguesia e ser feita uma vez por ano. 

Porém, foi-nos enviado um ofício informando sobre a realização da “IV Feira Franca de Associações do Município de Ílhavo, integrada nas Comemorações do Feriado Municipal, que se realiza na Segunda-feira de Páscoa, dia 09 de Abril (...) no Parque Urbano da Senhora do Pranto junto ao Mercado Municipal de Ílhavo”. Aqui, não compreendemos! A ADIG procurou associar-se à comemoração da nossa elevação a cidade, num programa que apelidou de “Semana da Gafanha em Festa”, sem gastos para a CMI, mas não foi autorizada a fazê-lo, porque, segundo a CMI e a Junta de Freguesia, “eram festas a mais”. Pelo que constatamos, só o que é pensado pela Autarcas ilhavenses tem valor...

2) Relativamente aos limites de freguesia, foi-nos sugerido apresentar as nossas dúvidas por escrito, a fim de sermos informados oficialmente sobre este assunto. Assim faremos.

23 de março de 2012

Dia Mundial da Poesia - "Um Hino à Gafanha"

A 21 de Março de 2012, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, comemorou-se o “Dia Mundial da Poesia”. Como convidados de honra estiveram presentes o vice-presidente da CMI, Eng.º Fernando Caçoilo, e o presidente da Junta de Freguesia, Sr. Manuel Serra. Com uma casa agradavelmente composta, os espectadores puderam assistir a um espectáculo variado, que contou com canto, música e poesia, que nos fizeram viver momentos de rara beleza. Se tivermos em conta os aplausos do público e as felicitações recebidas após o espectáculo, e mesmo por e-mail, sentimo-nos estimulados a fazer outro evento deste género para o ano.

Como estava anunciado, antes de terminado o espectáculo foi divulgado o poema vencedor do concurso “Um Hino à Gafanha”, primorosamente dito pela sua autora:

És fruto de um povo forte
De “antes quebrar que torcer”
Povo que enfrenta a desgraça
E não se deixa vencer.

Teu solo, areia agressiva,
Foi regado com suor
E nele brotou a vida:
A natureza deu flor.

Tuas mulheres foram mães
Pais, no lar, na educação
Mulheres que, cada vez mais,
Lutavam na solidão...

Gafanha é seca, estaleiro
Porto de ria e de mar,
Farol, forte, timoneiro,
É Fé, é Povo a rezar.

Gafanha, terra bendita,
Feita por nossos avós,
És a Menina Bonita,
Dos olhos de todos nós!

Zita Leal

21 de março de 2012

Em Tempo de Mudança...

Descendemos de gente humilde e trabalhadora, que soube, com a força do seu braço, transformar um areal imenso e inóspito em terrenos verdejantes que mataram a fome aos nossos antepassados. Mais tarde, o povo que aqui vivia descobriu o mar e a ria, que lhe fica á ilharga. Depois vieram os estaleiros, as secas, as oficinas, etc., e a nossa terra passou a ser cobiçada por aquilo que, alguém, há dezenas de anos, apelidou de “Milagre da Gafanha”.
A Gafanha da Nazaré, de hoje, é uma cidade com uma excelente qualidade de vida, apesar de algumas afrontas que certas entidades persistem em manter, ou levar para a frente, sempre feitas de modo sub-reptício, o que indicia que quem as comete não está de boa-fé. A pior afronta que se pode fazer a um autarca ilhavense é perguntar-lhe por onde passam os limites a Sul na nossa freguesia!!!

A ADIG, segundo os seus estatutos, tem por dever pugnar pela defesa dos direitos e interesses da Gafanha da Nazaré. Para isso tem lutado, quantas vezes em vão, pois portas que haviam de estar escancaradas para nos acolher, fecharam-se não nos permitindo chegar aos documentos que nos levariam à solução do nosso eterno problema: saber onde começa a nossa terra! Doutras vezes, os documentos que procurámos tinham levado sumiço. É estranho! Assim aconteceu no Governo Civil, no GAT de Aveiro, no Instituto Geográfico Português e na Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré. Também consultámos o Ordenamento do Território, o Arquivo Distrital e a Assembleia da República, que nos remeteu para a autarquia ilhavense, não muito aberta a facultar coisas deste género.

Através da luta silenciosa que travámos, verificámos que só em dois casos houve vontade de aclarar o problema dos nossos limites. As restantes instituições consultadas responderam-nos por evasivas, ou remeteram-se a um desrespeitoso silêncio. Até mesmo alguns gafanhões não se têm portado nada bem, como era seu dever, em defesa da terra que os viu nascer... 

As placas com o nome indicativo do início da Gafanha da Nazaré, foram sendo mudadas sem se saber porquê e, imagine-se, agora até já desapareceram, o que transformou a nossa terra numa cidade fantasma!!! Tendo em consideração os mapas do Instituto Geográfico Português, os mapas dos Censos de 2001 e 2011, na estrada que liga Ílhavo à Gafanha, de 1911 até agora, os nossos limites já recuaram dois quilómetros! Também a Poente, entre a Barra e a Costa Nova, este recuo já também atinge dois quilómetros! Quem havia de dizer que o banco Montepio, da Barra, segundo os nossos autarcas, já “pertence” à Costa Nova! Quem havia de dizer que o campo do Grupo Desportivo da Gafanha “já se encontra situado” na mancha geográfica da freguesia de S. Salvador, de Ílhavo!!! E, segundo parece, as traquinices eram para continuar: com falinhas mansas atiravam-nos com a ANAFRE, com o “Livro Verde” e com outras coisas sem nexo...

Enquanto nos íamos documentando, a fim de consultar, frontalmente, a CMI sobre os limites de freguesia da Gafanha da Nazaré, uma jovem da Cale-da-Vila, chamada Ana Neves – no blogue “Eu Sou Gafanhão” – mexeu no brasido, há muitos anos ateado, e originou um incêndio de tal proporção que só não atingirá quem estiver de boa-fé no meio desta embrulhada toda.

É tempo de, no sítio certo, dar a voz à Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré e à Câmara Municipal de Ílhavo, para que os Autarcas que nos governam expliquem à população como foi possível tentar mexer nos limites da nossa freguesia sem passar pela Assembleia da República, caso assim tenha efectivamente acontecido!!!...

20 de março de 2012

concurso "Um Hino à Gafanha da Nazaré"

O Júri do Concurso “Um Hino à Gafanha da Nazaré”, promovido pela ADIG – Gafanha da Nazaré, reuniu na sede da Junta de Freguesia, no dia 17 de Março de 2012.

Apreciados os seis trabalhos submetidos a concurso, todos com grande qualidade, o júri decidiu, por unanimidade, escolher o texto apresentado sob o pseudónimo “Maria do Mar”. Revelada a identidade da concorrente, verificou-se tratar-se de Zita da Piedade Leal Costa, residente na Praia da Barra, Gafanha da Nazaré.

O Júri foi constituído por Fernando da Rocha Martins, Orlando Jorge Figueiredo e João Alberto Roque, do Núcleo de Cultura da ADIG, entidade organizadora, Carlos António Rocha, em representação da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, e Lisete Cipriano, em representação da Câmara municipal de Ílhavo. Presente esteve ainda Júlio Cirino da Rocha, Presidente da ADIG.

A apresentação pública da letra para “Um Hino à Gafanha da Nazaré” será feita na quarta feira, dia 21 de Março, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, no espetáculo de comemoração do Dia mundial da Poesia, organizado pela Adig e pelo Grupo Poético de Aveiro, com início marcado para as 21h30 e entrada livre.

12 de março de 2012

Dia Mundial da Poesia

O espectáculo que a ADIG vai realizar no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, pelas 21H30, do próximo dia 21 de Março, destina-se às pessoas que gostam de ouvir boa música e poesia. A música vai ser interpretada pelo Coral da Escola Secundária da Gafanha (canções de poetas consagrados), pelo Off de Record Project (piano), Sofia Marques (guitarra clássica) e a poesia vai ser dita por poetas da Gafanha da Nazaré e do Grupo Poético de Aveiro. Serão acompanhados por João Mónica, que interpretará um "passo doble", a solo, em guitarra clássica.
 
Será ainda divulgado o poema vencedor do concurso "Um Hino à Gafanha", que será posteriormente musicado.
 
Os bilhetes para este espectáculo podem ser levantados, gratuitamente, no Centro Cultural, das 15H00 às 20H00, de terça a sexta-feira, ou na noite deste espectáculo, que tem a duração de 1H30.
 
Aproveite esta manifestação de cultura da nossa gente. Não se vai arrepender...