30 de maio de 2012

Actividades da ADIG nos últimos tempos

Gostaríamos de dar a conhecer aos nossos associados e simpatizantes o desempenho da ADIG nos últimos tempos. O nosso trabalho incidiu mais sobre os seguintes pontos:

Dia Mundial da Poesia - Decorreu com grande brilho, a 21 de Março, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, se tivermos em conta o número de espectadores, as felicitações dadas pessoalmente no final do espectáculo e pelo correio electrónico recebido, estimulando-nos a continuar.

Concurso "Um Hino à Gafanha da Nazaré" - Está a chegar ao fim. Já recebemos músicas para a letra escolhida pelo júri constituído por membros da ADIG, da CMI e da Junta de Freguesia.

Limites de Freguesia - depois de termos contactado várias entidades oficiais, viemos a saber que os limites de freguesia da Gafanha da Nazaré, postos nas cartas do Instituto Geográfico Português, advêm dos Censos de 2001! Até aí nunca houve demarcação oficial de qualquer freguesia do concelho de Ílhavo!!! E, para nós, continua a não haver, uma vez que, por não terem passado pela Assembleia de Freguesia da Gafanha da Nazaré, para aprovação, muito menos poderiam ser validados pela Assembleia da República. Agora sá resta aos Presidentes da Junta do concelho discutirem seriamente este assunto, partindo da "estaca zero". 

APA - Enviámos dois ofícios ao Porto Comercial, manifestando o nosso mal-estar pela poluição que produzem. Só responderam ao primeiro. Mesmo depois de reformularmos o pedido, continuou a não haver resposta! Assim sendo, e porque nos continuamos a sentir incomodados pelas poeiras que nos entram sem convite em casa, vamos oficiar as instituições superiores manifestando-lhes  mais uma vez o nosso descontentamento.

"Semana da Cidade em Festa" - em vão tentámos comemorar a subida da Gafanha da Nazaré a cidade, por a Autarquia não nos ter permitido realizar o que pretendíamos.

Ficamos abertos a qualquer sugestão que nos permita avançar mais e melhor, ao mesmo tempo que recomendamos a consulta do nosso blog, através do qual se poderá acompanhar a par e passo o nosso dia-a-dia.

Com os nossos melhores  cumprimentos

Júlio Cirino

29 de maio de 2012

ADIG - canal no YouTube

A ADIG, num esforço para fazer chegar mais informação à população da Gafanha da Nazaré, criou um canal no YouTube.
Quando se entra no site do canal, aparece de imediato o vídeo em destaque, com uma imagem semelhante àquela que agora enviamos.
 
Para subscrever o canal, clicar no botão com a seta indica ---> SUBSCREVER. Após esta operação, sempre que a ADIG publicar um vídeo, receberá na sua caixa de correio electrónico um e-mail avisando-o que existe nova informação a aguardar a sua consulta. Muito cómodo e "ao alcance de um simples clique".
Pede-se o favor que esta informação seja divulgada pela população da Gafanha da Nazaré, quer na página do facebook ou simplesmente reenviando a notícia por e-mail. Vai valer a pena...
Para aceder ao canal clicar aqui --> http://www.youtube.com/user/adigcanal?feature=results_main


22 de maio de 2012

A ADIG FOI À ESCOLA

A ADIG foi à Escola da Chave. Manhã diferente, chilreada, entrecortada pela admoestação das professoras.

Convidámos para esta acção o Manuel Serafim, que mostrou como se constrói um papagaio, como se faz uma bola de trapo, como se joga à malha, ao pião, aos calarotes, à macaca, etc.

A aderência da pequenada foi total. 

Por tal motivo, a ADIG está à disposição de outras escolas e instituições da nossa cidade ou de quem entenda solicitar os nossos préstimos.

18 de maio de 2012

GAFANHA DA NAZARÉ: Sala de Visitas do Concelho Ílhavo

Sob a égide da Federação Portuguesa de Triatlo, realizou-se, no dia 13 de Maio, no Jardim Oudinot da Gafanha da Nazaré, o Campeonato Nacional de Clubes de Aquatlo (natação + corrida) e o Campeonato Nacional Jovem. Mais uma vez algumas equipas andaram por Ílhavo à procura de uma prova que se realizava na nossa cidade! Os autarcas ilhavenses, ao escamotear o nome da Gafanha da Nazaré, além de desrespeitarem a memória daqueles que tiveram a ousadia de desbravar estas terras, continuam a pregar partidas aos forasteiros. 

Alguns concorrentes com quem tivemos a oportunidade de privar, vieram para aqui convencidos que a prova estava a decorrer na cidade de Ílhavo!!! Começando pelo nome do evento – Aquatlo Ílhavo – acabando no palco para a distribuição dos prémios, tudo estava preparado para iludir os visitantes! 

Que interesses levam a CMI a agir desta maneira? Será que lhes custa admitir que a Gafanha da Nazaré é umas das principais salas de visita do concelho de Ílhavo?!

Perguntamos: quando é que a Junta de Freguesia da nossa cidade se liberta da castração que lhe foi imposta, e faz valer os seus direitos, exigindo que o nome da nossa cidade seja mencionado em todos os eventos que por aqui se realizem? Não se trata de retirar o nome de Ílhavo, sede de concelho, mas sim acrescentar o nome da nossa cidade. Senhor Presidente da Junta: basta colocar mais uma tarja. Se o fizer contará com o apoio de todos os gafanhões...



15 de maio de 2012

SENTADO NO MEU SOFÁ


Sentado no meu sofá estou a lembrar-me do centenário da criação da freguesia da Gafanha da Nazaré. Isto trouxe-me à ideia artigos que escrevi chamando a atenção para os limites da freguesia. Ao comemorarmos esta data, não podemos deixar de pensar e homenagear os Homens desta terra que participaram com as autoridades administrativas na delimitação da freguesia; mas que tipo de homenagem poderemos nós prestar se menosprezámos aquilo por que lutaram, acreditaram e concretizaram?
Todavia, já se homenageou o Sr. Prior Sardo, o qual, na sua qualidade de pároco da freguesia da Gafanha, juntamente com os senhores Samuel Tavares Maia, administrador do concelho de Ílhavo, Augusto do Carmo Cardoso Figueira, escrivão, P.e Manuel Branco de Lemos, pároco da freguesia de Ílhavo, Eduardo Craveiro presidente da comissão municipal administrativa, José Ferreira de Oliveira presidente da comissão paroquial da Gafanha e João dos Santos Patoilo, presidente da comissão da freguesia de Ílhavo, delimitaram a recém criada freguesia em cumprimento do ofício n.º 430 de 12 de Abril de 1911 do Excelentíssimo Governador Civil.
Os limites ficaram bem claros e nunca ofereceram qualquer dúvida a quem quer que fosse, e nunca foram postos em causa, desde as freguesias limítrofes (as directamente interessadas), às autoridades concelhias, distritais ou mesmo nacionais.
Porém, numa cambalhota que ninguém entendeu, os limites foram adulterados com grande prejuízo para a freguesia que viu a sua área drasticamente reduzida, sem que houvesse qualquer atitude de repúdio por tal vandalismo pelas autoridades locais, por pura subserviência partidária, pois que tal acção não poderia ser acatada se razões “mais altas” se não se tivessem levantado: PURO SERVILISMO POLÍTICO e o mais completo desrespeito pelos cidadãos que deram o seu voto de confiança a quem os representasse, passando com todo o despudor por cima do que havia sido determinado pelos respeitáveis cidadãos que nas funções que desempenhavam, foram encarregados te tal demarcação.
Será, que lá no assento etéreo onde repousam, ficarão satisfeitos com esta pretensa homenagem que deveria ser de gratidão e reconhecimento pelo trabalho realizado?
E é com amargura que constato que as coisas se irão manter tal como estão, pois o bairrismo e o amor pela terra que nos viu nascer, ou nos adoptou e nos tratou como se seus filhos naturais fôssemos, de há muito que se perdeu. Todavia, tenho esperança que um dia a história julgue e justiça seja feita. A impunidade não pode ser eterna. Sempre ouvi dizer que “ a justiça pode tardar, mas não falha”. Oxalá assim seja.
Veio-me à mão um tríptico – “Gafanha da Nazaré 100 Anos / 1910-2010” –, sobre as comemorações que na última página têm um lapso que urge emendar se querem ser realistas e objectivos: onde referem no último parágrafo ”... continuando a Gafanha da Nazaré a crescer até aos dias de hoje, para bem das suas gentes e, também, de todo o Município de Ílhavo” deverá ser corrigido para “... começando a Gafanha da Nazaré a DIMINUIR até aos dias de hoje, não para bem das suas gentes, mas da freguesia que constitui a sede do Município” e assim retratariam a actual situação.

Manuel Óscar da Rocha Fernandes







12 de maio de 2012

Impôe-se questionar o que será qualidade vida

A Gafanha está a pagar um preço elevado pelo desenvolvimento da região ou, posto doutra forma, a dar um tiro no próprio pé. Note-se que sou apologista do desenvolvimento e modernização mas, sempre feito dum modo sustentável e com respeito pelo passado cultural dum povo e sem pôr em causa o balanço dos eco-sistemas envolventes. Contrapartidas para a Gafanha, que deveriam existir (Alindamento da cidade com locais ajardinados e propícios ao lazer da população, saneamento, requalificação de vias tendo em conta a segurança de peões e ciclistas, etc.) não se vislubram. Cenário que faz lembrar, por análogo, as poluídas Seixal e Barreiro de fins séc XX em proveito da Região de Lisboa. Aqui, no nosso caso, as mais beneficiadas a serem Ílhavo e Aveiro. Sem alguma conotação partidária, relembro o Dr. Humberto Rocha, um dos poucos, na altura, a levantar a voz contra a destruição do Esteiro Oudinot com o seu adjacente jardim que, do Forte até à Ponte do Egas, poderiam servir duma barreira natural aos agravos provenientes duma estrutura como o Porto Comercial. Num futuro próximo protecção, também, da "Besta" de Indústria Pesada e altamente poluidora que se irá instalar nos terrenos onde hoje está o areal (já) de má memória.
Impôe-se questionar o que será qualidade vida. Apenas ter em conta o factor económico e desvalorizar de todo a necessidade dum ambiente sadio e propício à vivência do ser humano? Talvez que a virtude esteja no balanço dessas duas componentes...Assim haja discernimento na população da Gafanha para lutar pelo seu bem estar e que o futuro encerre para a liderança da Câmara Municipal de Ílhavo gente Honesta e de Carácter Altruista que ouça os seus munícipes e nao se esgote em devaneios efémeres e inconsequentes.

Valter Magueta

9 de maio de 2012

O ano em que o meu pai nasceu


João Maria Marçal (1912-1988)

Quando o meu pai nasceu a terra onde viu pela primeira vez a luz do dia era freguesia havia menos de dois anos. Já muito tinha crescido o que a levou a esse facto. Não foi em vão todo o trabalho dos seus antepassados (Rochas, Patas, Varetas, Rodrigues e Marçais) e outras famílias como a dele que aqui labutaram criando a Gafanha da Nazaré.
 
Não havia electricidade e as estradas eram poucas e ensaibradas: a primeira a ser construída atravessava a Gafanha da Nazaré desde próximo dos Estaleiros Navais até à Barra. Fazia parte do plano de ligação de Aveiro à Costa Nova. A segunda ligava a Gafanha de Aquém à Chave e era muito recente. O resto eram caminhos de carroça que em alguns casos funcionavam como valas em épocas de muita chuva. Estradas florestais, nem vê-las. No entanto já se zelava pela floresta onde foram empregues muitos gafanhões no plantio de pinhal e abertura e manutenção de valas de escoamento da água da chuva.

Os trabalhos resumiam-se à Agricultura. Pesca do Bacalhau. Salinas e Construção Naval. No entanto havia progresso em curso o que espantava muita gente pela má qualidade agrícola dos terrenos à partida.

Foi inaugurada a nova Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré, implantada no meio da freguesia apesar de não ser aí a área mais povoada.

Em Aveiro, no Convento de Jesus é criado o Museu de Aveiro por portaria de 7 de Junho.

Neste ano (1912), Portugal participou pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Verão em Estocolmo, ficando com a triste recordação da morte do maratonista José Lázaro por desidratação.

Na Galiza um grupo de 200 monárquicos portugueses comandados por Paiva Couceiro continuava à espera de oportunidade para combater a república recentemente instalada no nosso país. Esta permanência estava a causar descontentamento em Espanha uma vez que a república havia sido aceite internacionalmente e exigia a deportação dos monárquicos.

Em Janeiro dão-se os primeiros conflitos grevistas no Alentejo onde a Cavalaria é mandada avançar contra os rurais de Beja daí resultando um morto e vários feridos. Seguiu-se a primeira grande greve geral de âmbito nacional.

Portugal estava então a braços com uma epidemia de tifo que alastrava sobretudo nos meios urbanos. O auge estendeu-se de Março a Maio.

Nasceu em Saint-Jean-de-Luz (França), Maria Adelaide de Bragança, infanta de Portugal e tia do actual Duque de Bragança. Chegou aos cem anos de idade.

Deu-se o naufrágio do transatlântico Titanic durante a sua viagem inaugural. Possuía 29 caldeiras de vapor, 2 máquinas a vapor alternativas e 1 turbina a vapor para movimentar 3 hélices que lhe conferiam uma velocidade de 23 nós. Na Gafanha da Nazaré e noutros portos do país continuavam a existir navios de propulsão só à vela.

Nasceu Werner von Braun responsável pelo desenvolvimento dos mísseis alemães usados na 2ª Grande Guerra e mais tarde já nos EU pelos foguetes espaciais entre os quais o Saturno V que permitiu a 1ª viagem tripulada à Lua em 1969.

Enfim, 1912 foi fértil em acontecimentos, mas para mim o mais importante foi o nascimento do meu pai em 7 de Maio, uma terça-feira.

João Marçal

7 de maio de 2012

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DA GAFANHA DA NAZARÉ

Caros Concidadãos:

Através de informações fornecidas pelo Instituto Geográfico Português (IGP), tudo leva a crer que a Gafanha da Nazaré não tem limites de freguesia oficialmente aprovados!!! Por isso é que, desde há décadas, a Câmara Municipal de Ílhavo (CMI) nos tem podido fazer tantas traquinices. Certos políticos da CMI, em vez de defenderem o nosso território, como lhes competia, avançaram por aí adiante, como no tempo de D. Afonso Henriques na reconquista de terra aos sarracenos?! Com uma diferença: enquanto o primeiro rei de Portugal lutava de espada em riste, à frente das nossas tropas, alguns dos autarcas ilhavenses do passado agiram como toupeiras, de forma sub-reptícia e por má-fé. Para o seu modo de pensar, estávamos a crescer depressa de mais.
Sobre a triste história dos limites da nossa freguesia, podemos dizer o seguinte:

1) O Auto de Delimitação, de 1911, lavrado pela CMI, fixou os limites da Gafanha da Nazaré pela Rua do Portão Velho, na Gafanha de Aquém – “segundo aqueduto da estrada de Ílhavo à Gafanha”. Porém, a autarquia, cremos que por esquecimento, não fez seguir o documento para aprovação e posterior publicação no Diário do Governo. Estava aberta a porta aos problemas...

2) Em 1969, quando da subida da Gafanha da Nazaré a vila, a CMI propôs uma alteração de limites, do seguinte modo: a Nascente passariam para a rotunda da SIMRIA e, do lado Poente, transitariam do palheiro de José Estêvão para um pouco antes da curva da Biarritz. Este facto foi ocultado dos membros da Junta de Freguesia, e só viria a ser conhecido através de um mapa enviado, em 1970, à “Cooperativa Eléctrica da Gafanha”. Por mais ofícios que a Junta de Freguesia enviasse à CMI para esclarecer este assunto, os autarcas nunca responderam!!! A verdade só seria conhecida, por acaso, em 1979, quando os membros da Junta de Freguesia tiveram que se deslocar ao Governo Civil de Aveiro para tratar de outro assunto.
Mas está bem de ver que, sem a assinatura dos membros da nossa Junta de Freguesia, os limites também não puderam ser validados.

3) Em 1981, a CMI elabora, no seu Gabinete de Urbanização, uma carta (CMI GU 810407 AM – DT 57) com novas delimitações, tencionando trazer os limites da Gafanha da Nazaré, na Remêlha, para o local onde até Janeiro de 2011 esteve uma placa esverdeada, do BPA, com os seguintes dizeres: “Bem-Vindos à Gafanha da Nazaré”. Entre a Barra e a Costa Nova, os limites transitariam da curva da Biarritz para próximo do Banco Montepio, da Barra!!!

4) Ainda em 1981, um grupo de falsários, autodenominados “Comissão de Colonos e Moradores da Colónia Agrícola da Gafanha”, fez seguir para o Governo Civil um ofício, pedindo a revisão de limites da freguesia! Como é que uma “comissão”, que não representava 1% da população da Gafanha, teve força suficiente para tratar de um assunto desta envergadura, ainda por cima assinada pelo “regedor” – cargo extinto por lei desde 1974?! Talvez por isso tenha ficado no Governo Civil algum tempo, seguindo para a Assembleia da República em Março de 1983, cremos que só depois de preparada uma tramóia algo sofisticada que passaremos a dar a conhecer daqui a pouco.
E tanto foi como dissemos, que a CMI, “vendo-se ultrapassada” por uma “instituição” que não tinha legitimidade para tomar tal iniciativa, fez seguir para o Ministério da Administração Interna o ofício n.º20/83, de 22 de Março, solicitando informação sobre o conteúdo da carta emitida pela tal “comissão de moradores”. O mesmo fez a Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, através do ofício n.º520, de 7 de Dez. de 1983. Não houve resposta...

5) Com vista a tentar oficializar esta nova delimitação, sem o conhecimento da nossa Junta de Freguesia, diz-se que as ilegalidades atingiram tal proporção que “mão invisível” teve a desfaçatez de, numa data que deve situar-se entre 1983 e 1991, alterar o traçado existente nas cartas topográficas à guarda do IGP!!!
Esta ilegalidade, provavelmente cometida por um funcionário dos antigos Serviços Geográficos Cadastrais, contratado ou integrado no tal grupo de gente de mau porte, em conluio com alguém pertencente aos quadros da Comissão do Poder Local e Administração Interna da Assembleia da República, efectuou tais ilegalidades só possíveis através de uma teia muito bem montada. Estas movimentações redundariam, sempre, em benefício de outras freguesias, com o oportuno “milagre” de toda a documentação anterior, referente a este processo, ter desaparecido do Instituto Geográfico Português!!! Dele, segundo informação do director do IGP (ref. n.º2.260, de 14/11/2003), nem um simples papel lá se encontra! Só isto era merecedor de um rigoroso inquérito. Mas nada aconteceu. Não contentes com as irregularidades cometidas, os tais falsários fizeram desaparecer, também, certos documentos do Governo Civil de Aveiro e, por duas vezes, da Assembleia da República! Estes actos são comprovados por um ofício de 4 folhas, emitido pela Câmara Municipal de Ílhavo, datado de 5 de Março de 1985, relacionado com o “Desdobramento da Repartição de Finanças do Concelho de Ílhavo”. É por isso que ousamos alvitrar: há muito estes deploráveis actos deveriam ter sido averiguados pela polícia e os seus autores exemplarmente punidos com o cárcere.

6) A partir de certa altura, contra o que seria admissível esperar, a CMI aceitou este fraudulento traçado de limites! Pelo que se vê, o crime engendrado a soldo de gato escondido com rabo de fora, compensa, e bem, certos interesses. E tanto assim teria sido, que no estudo do PDM de 1991, e no DR n.º 20, II Série de 24/01/1996, pág. 1.218, lá aparecem os limites estudados no Gabinete de Urbanização da CMI em 1981, que, em abono da verdade, contêm incorrecções que deveriam fazer corar de vergonha quem as promoveu. Mas, como anteriormente, estes limites também não passam de letra morta, por mais uma vez não terem passado pela Assembleia da República, com posterior publicação no DR!!! Pergunta-se: que rigor há nos Censos efectuados desde 1981, se as freguesias do concelho de Ílhavo não estão oficialmente delimitadas? Por isso os nossos autarcas fogem a sete pés, como o Diabo foge da cruz, quando os interpelamos acerca dos limites da nossa freguesia.

7) Depois de muito trabalho, e apesar do boicote de certas pessoas e instituições em nos fornecer os dados que solicitámos, descobrimos que os limites da nossa freguesia resultam dos Censos de 2001 (então não seriam os Censos que deveriam advir dos limites da freguesia?!). Mas também estes novos limites, por não terem passado pela Assembleia de Freguesia da Gafanha da Nazaré, não puderam ser validados pela Assembleia da República!!! E anda esta gente, bem falante, comprometida com a sua consciência, a incomodar com o ruído do seu mutismo cidadãos honrados que o único pecado que cometem é pretender repor os limites tidos como correctos pelos autarcas de então, que mais não fizeram que aceitar aquilo que os habitantes das várias freguesias do concelho já tinham consagrado com a posse das terras que desbravaram. Quanto mais não fosse, por respeito à sua memória. Agora pretenderem-nos cortar, relativamente a 1911, uma fatia de 2Km nos limites a Sul da freguesia, é obra!

Resumindo: por tudo o que acaba de ser dito, só resta aos Presidentes das Juntas de Freguesia do concelho de Ílhavo sentarem-se em redor da mesma mesa e negociarem os limites das terras para as quais foram eleitos, mas nunca nas costas da população, como até aqui.