9 de novembro de 2019

A QUALIDADE DO AR
NA ENVOLVENTE DO PORTO DE AVEIRO (GAFANHA)


A Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha teve acesso ao estudo da Monitorização da Qualidade do Ar na Envolvente do Porto de Aveiro (Gafanha da Nazaré e povoações limítrofes), durante o ano de 2018.
De acordo com o estudo há uma melhoria, com diminuição dos poluentes no ar ambiente. A medição é efetuada pela estação gerida pela APA, sita na Escola Básica 2.3 da Gafanha e os valores são comparados com as medições nas estações fixas de Aveiro e Ílhavo, da CCDR do Centro.

Verificamos que os valores da concentração da grande maioria dos poluentes estudados, nomeadamente PM2,5, benzeno (C6H6), monóxido de carbono (CO), óxidos de azoto (NOx, NO, NO2), dióxido de enxofre (SO2), estão dentro dos limites normais.
No entanto foram registadas excedências do valor de partículas em suspensão PM10, mas que parecem não corresponder a poluição provocada pela atividade portuária, pois a quase totalidade é registada mais no inverno, com ventos de sudeste e fora das horas de atividade portuária e, nomeadamente, em períodos em que não houve movimentação de PETCOKE no Porto Comercial. Levanta-se a hipótese de serem provocado por lareiras ou por areias do deserto.
Também se verificou valores mais elevados de ozono (O3), principalmente no Verão, e que podem estar relacionados com a formação fotoquímica deste poluente, a partir da decomposição de compostos percursores com temperaturas elevadas.
O Estudo indica que o índice de Qualidade do Ar estimado para a medição na proximidade do Porto de Aveiro apresenta uma classificação predominante de Bom (44% dos dias do ano), de Media (31%), Fraco (20%) e uma ocorrência de índice Mau coincidente com o índice obtido na Aglomeração Aveiro/Ílhavo.
A ADIG considera muito importante a decisão da Administração do Porto de Aveiro em melhor avaliar a procedência dos poluentes, promovendo um novo concurso, para mais 3 anos, para a Estação de monitorização da EB 2.3 da Gafanha e passar a dispor de mais 3 estações móveis para instalar noutros locais da Gafanha, permitindo determinar, em tempo real e simultaneamente as fontes emissoras.
Ficamos a aguardar, com ansiedade e renovada esperança, o resultado do estudo conjunto destas estações, que permitirão identificar as fontes poluidoras do ar ambiente que, diariamente, respiramos na Gafanha da Nazaré.
Pel’A ADIG
Humberto Rocha


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