A Gafanha está a pagar um preço elevado pelo desenvolvimento da região
ou, posto doutra forma, a dar um tiro no próprio pé. Note-se que sou
apologista do desenvolvimento e modernização mas, sempre feito dum modo
sustentável e com respeito pelo passado cultural dum povo e sem pôr em
causa o balanço dos eco-sistemas envolventes. Contrapartidas para a
Gafanha, que deveriam existir (Alindamento da cidade com locais
ajardinados e propícios ao lazer da população, saneamento,
requalificação de vias tendo em conta a segurança de peões e ciclistas,
etc.) não se vislubram. Cenário que faz lembrar, por análogo, as
poluídas Seixal e Barreiro de fins séc XX em proveito da Região de
Lisboa. Aqui, no nosso caso, as mais beneficiadas a serem Ílhavo e
Aveiro. Sem alguma conotação partidária, relembro o Dr. Humberto Rocha,
um dos poucos, na altura, a levantar a voz contra a destruição do
Esteiro Oudinot com o seu adjacente jardim que, do Forte até à Ponte do
Egas, poderiam servir duma barreira natural aos agravos provenientes
duma estrutura como o Porto Comercial. Num futuro próximo protecção,
também, da "Besta" de Indústria Pesada e altamente poluidora que se irá
instalar nos terrenos onde hoje está o areal (já) de má memória.
Impôe-se
questionar o que será qualidade vida. Apenas ter em conta o factor
económico e desvalorizar de todo a necessidade dum ambiente sadio e
propício à vivência do ser humano? Talvez que a virtude esteja no
balanço dessas duas componentes...Assim haja discernimento na população
da Gafanha para lutar pelo seu bem estar e que o futuro encerre para a
liderança da Câmara Municipal de Ílhavo gente Honesta e de Carácter
Altruista que ouça os seus munícipes e nao se esgote em devaneios
efémeres e inconsequentes.
Valter Magueta
Ora aí está! Muito bem!
ResponderEliminarGraça Oliveira
Que industria pesada, que apelida de "Besta" é que se refere ?
ResponderEliminarJá existe alguma informação nesse sentido ou trata-se apenas de receios da sua parte ?