No
dia 3 de Abril, a Direcção da ADIG –Associação para a Defesa dos Interesses da
Gafanha- foi recebida pelo Senhor Comandante da Capitania do Porto de Aveiro,
Capitão-de-fragata Carlos Alberto Isabel.
Após
a apresentação de cumprimentos, foi explanado, pelo Presidente da Associação, o
lema e os objectivos da ADIG, bem como os sucessos e dificuldades.
O
Senhor Comandante, em contrapartida, deu conta das suas preocupações quanto à
segurança das pessoas e bens numa zona tão extensa como a Ria de Aveiro, que se
espraia de Cortegaça até à Lagoa de Mira e sobe o Vouga até Cacia. Qualquer
coisa como um 45 km de comprimento e 70 de praias na Laguna, além do
frequentadíssimo areal atlântico. Não esquece, evidentemente, o perigo latente
das empresas sediadas no Terminal Químico.
E
é nessa conformidade que aceita de bom grado os alertas que os habitantes e as
associações da zona ribeirinha vão carreando para a Capitania, quando algo de
anormal se passa e que estará disponível a colaboração dos agentes da
autoridade.
Foi
evidente a preocupação do Senhor Comandante quanto aos pescadores de zonas mais
afastadas da Capitania, pondo em equação o estabelecimento de postos de
atendimento locais, que poupem horas e gastos a esses profissionais.
Apenas
referimos estas notas para dar ideia da conversa franca e aberta que o Senhor
Comandante do Porto nos proporcionou e das suas reais preocupações de segurança
das embarcações e dos perigos do Porto Químico.
Foi
desta forma, num ambiente descontraído, que apresentámos alguns assuntos que
afligem os que vivem da Ria ou a desfrutam:
1. Canal
de Espinheiro – 2 montes de pedra, entre a margem norte e o meio do canal, que
têm partido hélices dos motores
2. Canal
do Boco ou Bacalhoeiro – formação, tipo “coral”, que tem aumentado, no lado sul
da Ponte Gafanha – Aveiro, entre o meio do Canal e a margem nascente, que tem
provocado acidentes
3. Canal
de Ovar, com estacas delimitadoras caídas, depois da Pousada, sendo um perigo
para a navegação
4. Canal
de Mira – deficiente balizagem entre Ponte da Barra e Gafanha da Vagueira
5. Canal
do Boco ou Bacalhoeiro – sem balizagem do canal de navegação, desde a Ponte da
Cale-da-Vila até à Gafanha d’Aquém.
Recebemos
do Comandante da Capitania Carlos Isabel a certeza de que, embora a sinalização
dos canais secundários da Ria seja da responsabilidade de outras Entidades,
Agência Portuguesa do Ambiente e SIMRIA, é uma das suas preocupações e, como
tal, terá toda a sua atenção.
Humberto
Rocha
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