Ascêncio de Freitas nasceu na Gafanha da Nazaré, em 1926, onde residiu até 1949, tendo exercido várias profissões, entre as quais trabalhador dos Estaleiros de S. Jacinto.
Nesse ano embarcou para Moçambique, onde permaneceu por três décadas, tendo regressado a Portugal, em 1979, e passando a viver em Setúbal. Actualmente reside na Amadora.
Ficcionista e jornalista, colaborou em jornais e revistas literárias, revelando um conhecimento invulgar da língua portuguesa e dos usos e costumes das nossas gentes e do quotidiano africano.
Em 1960 publicou o seu 1.º livro, “Cães da Mesma Ninhada”, seguido de muitos outros, entre os quais “África Ida e Volta”, “Na Outra Margem da Guerra”, “Crónica de D. António Segundo”, “Estórias de Caça em África”, “Carmen era o seu nome”, “Estória do Homem que Comeu a sua Morte”.
Foi bolseiro do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, o que lhe permitiu escrever um livro sobre Moçambique “A Paz Enfurecida”.
Recebeu o Prémio Virgílio Ferreira, da Câmara de Gouveia, pela sua obra “A Reconquista de Olivença”, o Prémio Pen Club, pelo livro “O Canto da Sangardata”, o Prémio Ferreira de Castro, da Câmara de Sintra, com a obra “A Noite dos Carangueijos”.
Vai ser homenageado pela Câmara da Amadora, em 3 de Agosto 2015.
Nunca enjeitou as suas raízes gafanhôas e o seu amor a esta Terra, à sua Terra, levou-o a calcorrear Lisboa, de lés-a-lés, à procura de elementos necessários à identificação da nossa Freguesia.
A ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha) tinha para com ele esta dívida e, em 8 de Julho, três elementos da Direcção, Humberto Rocha, João Marçal e Humberto Vieira rumaram à Amadora para entregar-lhe uma simples lembrança de reconhecimento pelo seu esforço em prol da nossa cidade e, também, em preito de homenagem pelo seu valor como escritor natural da Gafanha da Nazaré.
Ascêncio, muitos anos a somar aos 88, são os nossos votos.
HRocha
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